Celular transparente de Tony Stark em Iron Man 2
Filmes como Minority Report ou Iron Man nos deixaram vislumbrando um futuro com telas transparentes. Agora, elas estão mais perto de se tornarem realidade.
A empresa taiwanesa Polytron Technologies desenvolveu um protótipo de smartphone transparente multi-touch. O segredo está em uma tela OLED que usa moléculas de cristal líquido para exibir as imagens. Quando o celular está desligado, as moléculas formam uma composição branca "nublada", mas assim que o celular é ativado com a corrente elétrica, através de fios transparentes, elas se realinham e formam os textos, ícones e outras imagens.
Mas se a tela é transparente, a bateria, o cartão microSD, a câmera e a placa não são. Elas terão que ser escondidas por um material qualquer, deixando apenas a a tela transparente à vista. Futurista, mas nem tanto.
Esse celular transparente, na verdade, não está longe de ser vendido comercialmente. O gerente geral da Polytron, Sam Yu, garante que ele chegará às fabricantes já no final deste ano. A pergunta agora é...
Você quer um smartphone transparente?
Fora do efeito "Wow" que uma tela transparente causa, é preciso analisar qual sua real utilidade para o consumidor final. Uma tela com reconhecimento de toque dos dois lados pode abrir mais possibilidades para os desenvolvedores, mas também pode ter inúmeras desvantagens.
Ninguém gostaria, por exemplo, que outras pessoas vissem o que você está digitando em uma mensagem do outro lado da tela. Basicamente, você não gostaria que ninguém enxergasse quase nada do que faz em um smartphone, seja jogando, navegando, vendo e-mails ou enviando SMS.
Outro ponto de extrema importância é saber a qualidade da imagem que uma tela transparente pode exibir. O Mobile Geeks fez o primeiro hands-on da tela da Polytron (veja acima), mas tudo o que conseguimos ver são os números "0" e "1", sendo exibidos. Sem cores, sem imagens complexas.
Como uma tela transparente pode exibir bem a cor preta? Será possível? Sabemos que este é apenas um protótipo, e ele só será lançado ao final do ano, mas até vermos funcionando em todo o seu potencial, a dúvida permanece.
Se a qualidade de imagem dessa tela no mínimo não se aproximar das telas atuais, não há "efeito Wow" que convença o consumidor a adotá-la.
Por enquanto, não há nada que pareça convencer de que esse seja o real futuro dos smartphones. Ele realmente parece algo vindo do futuro, mas ainda não se encaixou no nosso presente.
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