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quarta-feira, 14 de junho de 2023

CHINA ESTÁ CAVANDO BURACO DE 10 MIL M DE PROFUNDIDADE

 Do site: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125429-china-esta-cavando-buraco-de-10-mil-m-de-profundidade.htm


China anunciou a escavação de um imenso buraco com 10 mil metros de profundidade. A ideia é alcançar o sistema cretáceo da crosta terrestre, que tem pedras com mais de 145 milhões de anos. A informação é do Bloomberg.

Para alcançar o feito, será necessário perfurar 10 camadas de pedra continental. Mas deve valer a pena: os cientistas chineses esperam identificar recursos minerais que podem ajudar a avaliar riscos ambientais como por exemplo erupções vulcânicas e terremotos.


China vai cavar buraco de 10 mil metros de profundidade

De acordo com o Bloomberg, segundo informações liberadas pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua, a escavação começou no final do mês de maio deste ano. Falando à agência chinesa, Sun Jinsheng explicou um pouco sobre os desafios da empreitada. "A dificuldade de construir um projeto de escavação [como este] pode ser comparada a um grande caminhão dirigindo sobre dois finos cabos de aço", disse o estudioso da Chinese Academy of Engineering.



China começou perfuração de poço de mais de 10 mil metros de profundidade para exploração científicaChina começou perfuração de poço de mais de 10 mil metros de profundidade para exploração científica

A perfuração começou na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China. E o trabalho não será nada fácil: para chegar ao objetivo, que são rochas datando de aproximadamente de 145 milhões de anos passado, será preciso perfurar cerca de 10 camadas bastante duras de pedras de placas tectônicas

Além de testar novas tecnologias de perfuração, o projeto também espera conseguir coletar e identificar material e fontes de energia capazes de ajudar a avaliar potenciais problemas ambientais. Por exemplo, a ideia é que com a ajuda dos resultados da escavação seja possível compreender melhor os riscos de desastres como terremotos e erupções vulcânicas. No total, espera-se que a escavação leve 457 dias para ser concluída.

Viagem (quase) ao centro da Terra

As ordens para começar a exploração debaixo da terra vieram diretamente do presidente Xi Jinping. Em 2021, ele dez um discurso citando alguns dos maiores cientistas da nação, hoje a segunda maior economia do mundo, rumo ao desconhecido no subsolo.

Ainda que os números sejam impressionantes, este não será o maior buraco escavado na história da humanidade. Em 1989, depois de 20 anos furando quase sem parar, o poço superprofundo de Kola, na Rússia, alcançou a um total de 12.262 metros de profundidade. O projeto foi interrompido após descobrirem que o material encontrado lá no fundo era diferente do esperado.

Hoje fechado, o poço superprofundo russo de Kola ultrapassou os 12 mil quilômetros de profundidadeHoje fechado, o poço superprofundo russo de Kola ultrapassou os 12 mil quilômetros de profundidade

Enquanto acreditavam estar cavando rumo a basalto, na verdade os russos encontraram gnaisse, uma rocha de origem metamórfica resultante da deformação do granito.

Avanço tecnológico chinês

Além desta nova etapa de exploração nas profundidades terrestres, a China vem se empenhando em avançar tecnologicamente nos últimos tempos. Incluindo projetos "fora" do planeta.

Recentemente, o país enviou o primeiro civil ao espaço. O lançamento da espaçonave aconteceu no deserto de Gobi, no final do mês passado.

RUNGHOLT: CIDADE QUE SUBMERGIU HÁ MAIS DE 600 ANOS É ENCONTRADA

Do site: https://www.megacurioso.com.br/misterios/125419-rungholt-cidade-que-submergiu-ha-mais-de-600-anos-e-encontrada.htm

Vestígios da cidade perdida de Rungholt, que foi engolida pelo Mar de Wadden, na costa da Alemanha, há quase 700 anos, foram encontrados por um grupo de arqueólogos. A descoberta pode eliminar, de vez, as dúvidas sobre a existência da localidade que se tornou uma lenda no país.

Também conhecida como a “Atlântida alemã”, em referência à lendária ilha citada por Platão, ela foi localizada durante a maré baixa na região entre as costas da Alemanha, Holanda e Dinamarca. Conforme o comunicado, os pesquisadores usaram técnicas magnéticas para detectá-la abaixo dos bancos de areia e lama.

A equipe composta por especialistas das universidades de Kiel e Johannes Gutenberg de Mainz, entre outras instituições, encontrou restos de construções como uma igreja grande e outras duas menores. Um dique marítimo e sistemas de drenagem também foram localizados.

Em entrevista ao Daily Mail, os autores da descoberta disseram que as dimensões amplas da igreja principal sugerem que ela era uma “paróquia com função superior”. Já os demais elementos apontam a existência de um grande sistema de proteção para impedir os avanços da maré.

Como Rungholt desapareceu?

De acordo com a lenda local, a “Atlântida do Mar do Norte” afundou no Mar de Wadden devido a um castigo divino. Tudo começou em 1361, quando uma turma de jovens bêbados tentou obrigar um padre a dar o sacramento da unção dos enfermos a um porco.

Enfurecido, o padre foi a uma igreja no dia seguinte, onde teria pedido a Deus que punisse os moradores pecaminosos. Pouco tempo depois de o representante da igreja deixar a localidade, Rungholt afundou em meio ao Mar de Wadden, em janeiro de 1362.

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Mitos à parte, o que aconteceu, na verdade, foi uma tempestade de grandes proporções atingindo vários países europeus naquele início de ano. Vilas e cidades costeiras do Reino Unido, Holanda, Dinamarca e Alemanha tiveram sérios danos após a chuva, que acabou ficando conhecida como o “grande afogamento dos homens”.

Rungholt foi uma das localidades mais afetadas, com o seu sumiço dando início à lenda que dura mais de 600 anos. Os arqueólogos agora correm contra o tempo para intensificar as buscas por mais prédios e outros elementos que ajudem a revelar como era a vida na cidade perdida, pois a erosão ameaça a preservação das fundações.


Riqueza

Estudos anteriores sugerem que a cidade perdida alemã foi um importante ponto comercial da região e a sua população levava uma vida bastante luxuosa. Outras expedições recuperaram vários objetos pertencentes aos moradores, como ornamentos de metal, cerâmica, vasos e armas

Muitos destes itens eram importados da Espanha e da Bélgica e provavelmente estavam na área quando Rungholt afundou. A descoberta deles também ajudou a reforçar a ideia de que a “Atlântida alemã” não era apenas uma lenda.