Por: Juan Carlos Perez, IDG News Service
Milhões de usuários enfrentaram problemas com o serviço de e-mails da empresa nesta segunda-feira, 23/9.
Os usuários afetados sofreram atrasos na entrega de mensagens e dificuldades de baixar anexos devido a um bug ainda não explicado, que foi reconhecido pelo Google por volta das 10h30 (horário local). A companhia declarou que corrigiu o problemas às 22h.
O problema afetou tanto os usuários que usam a versão gratuita do Gmail, quanto empresas, escolas e órgãos governamentais que pagam pelo serviço como parte do Google Apps.
Nos EUA, a interrupção ocorreu na maior parte do dia de trabalho, o que aumentou o impacto do bug para milhões.
As pessoas que dependem do Gmail para tarefas importantes usaram o Twitter, grupos de discussão e outros fóruns online para expressar sua frustração.
A última vez que o Google deu um número oficial para os usuários do Gmail ativos foi há mais de um ano, quando a empresa afirmou ter mais de 425 milhões.
Em uma análise conservadora, assumindo que o serviço agora possui cerca de 450 milhões de usuários ativos, o problema ocorrido na segunda-feira provavelmente afetou mais de 200 milhões de usuários, além de remetentes em outras plataformas de e-mail que não tiveram suas mensagens recebidas em tempo hábil.
Até você, Google!
A gigante de Mountain View disse que a gravidade e duração do impacto variou entre os usuários. Cerca de 29% das mensagens recebidas foram adiadas em uma média de 2,6 segundos, mas alguns e-mails foram "severamente atrasados".
"Pedimos desculpas pela duração da situação. Estamos conscientes de a entrega de e-mail imediata é uma parte importante da experiência do Gmail, e a experiência de hoje ficou muito aquém das nossas normas", escreveu a empresa no site de status.
O incidente significa muito para o Google e as pessoas afetadas, mas não deve impedir CIOs de usarem a suite, disse o analista da Forrester Research, TJ Keitt.
"Centros de dados que hospedam serviços de produtividade não estão imunes a interrupções. Assim, quando elas acontecem, a maneira de julgar o fornecedor está em quão bem eles podem identificar e resolver o problema e, em seguida, informar o público sobre como resolveram a questão", disse Keitt.
Usando esse critério, as atualizações do Google durante toda a duração do incidente poderiam ter sido mais transparentes e detalhadas a respeito da natureza do problema e da força da correção que foi posta em prática, disse o especialista por e-mail. "Eles claramente não divulgaram isso publicamente, então espero que eles tenham informado os seus clientes", diz Keitt.
Enquanto isso, Matthew Cain, analista da Gartner, disse que o incidente levanta questões fundamentais sobre o que é considerado tempo de inatividade, especialmente no que se refere aos acordos de nível de serviço de fornecedores de aplicativos em nuvem.
"Se a entrega da mensagem atrasa 15 minutos, o que é considerado o tempo de inatividade? Duas horas?", disse ele por e-mail. "A mudança para o e-mail em nuvem dá destaque a essas questões essenciais sobre como medir e compensar o baixo desempenho de envio de mensagens que não é tradicionalmente classificado como 'inatividade'."
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