1 – O renegado – Adrian Lamo
29 anos,
se tornou o mais famoso “hacker do chapéu cinza” da década passada. Em 2003,
invadiu o sistema do jornal The New York Times apenas para incluir a si
mesmo na lista de colaboradores. O jornal não achou graça na brincadeira e
denunciou Lamo ao FBI. Em 2004, ele se declarou culpado da invasão e de também
ter acessado os sistemas do Yahoo, Microsoft e WorldCom, recebendo sentença de
seis meses de prisão domiciliar na casa dos pais e mais dois anos de liberdade
vigiada.
2 – O milionário – Albert
Gonzalez
29 anos,
teve uma vida de riqueza graças às habilidades de hacker. Sua casa em um
condomínio de Miami, na Flórida, foi comprada por US$ 1,65 milhão. Tinha carros
de luxo e mulheres. Dava festas, estava sempre em bebedeiras.
Com a
ajuda de um programa criado por um amigo, ele invadiu os sistemas de lojas como
7-Eleven. Se apoderou de algo como 130 milhões de números de cartões de crédito
e dados dos clientes. Os roubos ocorreram entre 2005 e 2007. Os dados eram
vendidos na internet. Com os cartões, Gonzalez fazia compras fraudulentas,
vendendo os produtos também na web. O esquema é considerado a maior fraude da
história.
3 – O francês do Twitter –
François Cousteix
Um
francês de 23 anos, não pensou pequeno para se tornar célebre. Ele hackeou nada
menos do que o homem mais poderoso do mundo: o presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama. Na última quinta-feira, o Tribunal de Clemont-Ferrand, na França,
condenou-o a cinco meses de liberdade vigiada por ter invadido a conta de Obama
no serviço de microblogs Twitter, em 2009.
4 – O trapalhão – Andrew
Auernheimer
Pode
alguém ser inteligente o bastante para ser o primeiro a desbloquear um iPad,
recém-lançado, se apoderar dos e-mails e informações pessoais de cem mil
usuários, entre eles alguns ilustres, como o prefeito de Nova York, Michael
Bloomberg, e ainda assim acabar preso por uma mancada completamente idiota?
Não? Conheça a história de Andrew Auernheimer.
Em março,
Auernheimer, 24 anos, conhecido na comunidade hacker pelos apelidos de “Escher”
e “Weev”, foi preso após dar um nome falso a policiais em uma ocorrência de
estacionamento proibido. Enquanto o caso era investigado, Goatse Security, o
grupo de hackers do qual faz parte, repassou a um site as informações obtidas
no desbloqueio do iPad, arranhando um pouco a imagem da Apple e da operadora de
telecomunicações AT&T no que diz respeito à segurança.
O caso
levou o FBI a dar uma busca na residência dele, encontrando cocaína, ecstasy,
LSD e vários medicamentos proibidos. Resultado: Auernheimer acabou preso por
posse de drogas e agora se encontra em um centro de detenção do Arkansas,
deixando uma lição para outros hackers: se for irritar a Apple e o governo
americano ao mesmo tempo, é bom tomar cuidado com o que guarda em casa.
6 – O ícone – Kevin Mitnick
Na
“mitologia” hacker, dificilmente um nome poderá superar o de Kevin Mitnick, 46
anos. Através dos anos 80, até 1995, ele invadiu sistemas telefônicos e de
empresas, ludibriou o FBI e a partir de certo ponto foi um criminoso procurado
e protagonista da maior espetacular caçada cibernética já vista. Mesmo 15 anos
após sua prisão e dez anos depois de ter sido libertado o hoje consultor e
autor de livros sobre segurança de sistemas ainda é considerado o maior hacker
de todos os tempos. </p>
A fama de
Mitnick se deve à sua ousadia. Descoberto algumas vezes, não hesitou em
continuar suas atividades. Chegou até mesmo a viajar a Israel com um nome falso
e viveu na clandestinidade até ser descoberto por outro hacker. Seu confronto
com Tsutomu Shimomura, um respeitado especialista do Centro Nacional de
Supercomputação em San Diego, é uma verdadeira caçada de gato e rato.
Mitnick
acabou descoberto (veja o perfil número 7 para saber como foi) e preso em
fevereiro de 1995. Condenado, passou cinco anos na prisão e mesmo libertado, no
ano 2000, ainda teve que ficar mais três anos longe de computadores. A partir
de 2003, longe das atividades criminosas, passou a trabalhar contra hackers,
tornando sistemas inexpugnáveis.
Em
janeiro deste ano, no mesmo mês em que completou dez anos longe da prisão, ele
esteve em São Paulo e, participando da Campus Party, criticou o atual mundo
hacker: “Hackers, na minha época, eram apenas indivíduos interessados em roubar
o fruto proibido. Hoje é tudo sobre dinheiro”.
7 – O samurai – Tsutomu Shimomura
O
japonês, 45 anos, cientista da computação e especialista em segurança de
sistemas radicado nos Estados Unidos, estava viajando no dia de Natal de 1994
quando seu computador pessoal, conectado ao Centro Nacional de Supercomputação
dos Estados Unidos, foi invadido por Kevin Mitnick. O “convite”, feito por
Mitnick, marca a maior caçada ocorrida entre dois hackers.
Shimomura,
com a reputação abalada pela ousadia do hacker, aceitou o desafio, montando
armadilhas para Mitnick em colaboração com o FBI. Primeiro colocou a gravação
de seu telefonema na internet, provocando-o. Mitnick ligou novamente para
repreendê-lo.
O
telefone já era monitorado 24 horas por dia pelo FBI na terceira mensagem do
hacker renegado. O FBI rastreou um sinal suspeito em um prédio na cidade de
Raleigh, na Carolina do Norte, onde Mitnick foi preso. Diz a lenda que quando
se viram frente a frente se cumprimentaram silenciosamente.
Depois da
prisão, Shimoura escreveu um livro, Takedown, lançado em 1997, sobre a caçada.
Ainda trabalha com segurança de sistemas.
8 – O pioneiro – Robert Tapan
Morris
Mal havia
sido criada uma lei contra cibercrimes quando Robert Tapan Morris criou o
primeiro vírus do tipo worm – que faz cópias de si mesmo automaticamente,
passando de um computador para o outro – a se espalhar na internet. Então
estudante da Universidade de Cornell, filho do ex-cientista da Agência de
Segurança Nacional dos Estados Unidos Robert Morris, ele alegadamente pretendia
ver qual era o verdadeiro tamanho da web de então.
O worm,
todavia, se reproduziu descontroladamente afetando o funcionamento de seis mil
computadores, equivalentes a 10% da internet na época, até inutilizá-los
completamente. Os prejuízos em cada sistema afetado variou entre US$ 20
mil e US$ 500 mil e mostrou o perigo que viriam a ser os vírus na web.
A suposta
curiosidade, apenas, de Morris não impediu que fosse a primeira pessoa a ser
processada com base na lei de Abuso e Fraude de Computadores dos Estados
Unidos. Acabou condenado a três anos de prisão em 1990, mas não cumpriu pena.
Em vez disso, pagou multa de US$ 10 mil e prestou 400 horas de serviços
comunitários.
Após os
problemas com a Justiça, ele passou a se dedicar à vida acadêmica.
Atualmente, aos 44 anos, é professor no Massachusetts Institute of Technology
(MIT), a mesma instituição de onde disseminou o worm, consultor de empresas de
tecnologia e um dos criadores da linguagem de programação Arc.
9 – O jornalista – Kevin Poulsen
Quem
conhece o jornalista Kevin Poulsen, 44 anos, hoje editor da revista Wired,
talvez não se dê conta de que está diante de um dos maiores hackers de todos os
tempos. Ele completa o trio – os outros dois são Kevin Mitnick e Adrian Lamo –
dos mais conhecidos invasores de sistemas.
Entre
outros feitos, reativava números das Páginas Amarelas norte-americanas, mas seu
“trabalho” mais reconhecido foi, em 1990, controlar as linhas telefônicas de
uma rádio da cidade de Los Angeles e, assim, garantir que seria a 102ª pessoa a
ligar e ganhar um Porsche. A fraude foi descoberta e, com o FBI no encalço,
“Watchman”, como era conhecido, se tornou um criminoso procurado. Na época, a
rede de TV NBC mostrou em um programa sobre crimes não-solucionados, sofrendo
um pane nas mesas telefônicas abertas para telefonemas a respeito de pistas.
Quem estava por trás da falha? Poulsen.
Em 1991,
o hacker finalmente foi preso e condenado, três anos depois, a 51 meses de
prisão e indenização de US$ 56 mil por fraudes em computadores, lavagem de
dinheiro e obstrução de justiça. Libertado, reinventou-se como jornalista,
criando um site, Security Focus News, respeitado na cobertura de tecnologia.
Desde 2005 é editor da Wired.
Em
outubro de 2006, Poulsen montou uma operação contra pedófilos no MySpace,
usando páginas para rastrear quem estava em busca de crianças, levando à
prisão um deles, Andrew Lubrano.
10. O ufologista
Há quem
acredite em discos voadores. Há quem discuta se os governos escondem
informações sobre objetos voadores não identificados. O escocês Gary McKinnon,
44 anos, achou que discutir não bastava e, supostamente para saber se OVNIs
existem ou não, perpetrou o maior ataque já ocorrido contra computadores militares
dos Estados Unidos.Em 2002, o Pentágono admitiu que McKinnon invadiu e
danificou 53 computadores do comando das Forças Armadas, do Exército, Força
Aérea e Nasa, tendo acesso a informações secretas, tornando inoperante o
distrito militar de Washington e causando prejuízos de cerca de US$ 1 milhão.
As fotos de supostos OVNIs que obteve foram colocadas na internet anos depois.
Conhecido
como “Solo” no mundo hacker, McKinnon, além de não conseguir provar a
existência dos discos voadores, acabou indiciado em sete crimes nos Estados
Unidos e preso na Grã-Bretanha. Um processo de extradição se arrasta desde
2003. McKinnon nunca negou as acusações de invasão, garantindo apenas que sua
intenção não era a espionagem, como alegou o Pentágono. Em 2009, a Corte
Suprema da Inglaterra decidiu pela extradição. Se for levado para os Estados
Unidos, poderá ser condenado a até 70 anos de prisão.
Atualmente o hacker ainda tenta
permanecer na Grã-Bretanha usando como argumento ser portador de autismo e
depressão, constatados por uma junta médica. Sua mãe, Janis Sharp, move uma
campanha pela permanência do filho. Músicos como Peter Gabriel, Sting, Bob
Geldof e o grupo Marillion participaram, em 2008, de um concerto em apoio à
campanha.
Do Site: http://www.superconteudos.com/conheca-os-10-hackers-mais-famosos-do-mundo/
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