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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Segredo desvendado: o coração de ferro que bate dentro da Lua

 Do site: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/segredo-desvendado-o-coracao-de-ferro-que-bate-dentro-da-lua

Segredo desvendado: o coração de ferro que bate dentro da Lua


Cientistas finalmente revelaram um dos grandes mistérios da astronomia: o que há, de fato, no interior da Lua. Uma pesquisa recente, liderada pelo astrônomo Arthur Briaud e publicada em maio de 2023, revelou que o núcleo interno da Lua é sólido e possui uma densidade semelhante à do ferro. Essa descoberta encerra um longo debate sobre a natureza do coração lunar, que há anos dividia a comunidade científica entre a possibilidade de um núcleo sólido ou fundido.

O estudo de Briaud e sua equipe, baseado em dados de missões espaciais e experimentos de alcance a laser lunar, revelou que o núcleo lunar é muito similar ao da Terra, com uma camada externa fluida e um núcleo interno sólido.

Por dentro da Lua

Próximas missões na Lua trarão mais informações sobre a constituição do satélite. (Fonte: Nasa/ Divulgação)
Próximas missões na Lua trarão mais informações sobre a constituição do satélite. (Fonte: Nasa/ Divulgação)

Mais especificamente, o núcleo externo da Lua tem um raio de aproximadamente 362 quilômetros, enquanto o núcleo interno mede algo perto de 258 quilômetros, constituindo cerca de 15% do raio total da Lua. Essa estrutura confirma teorias anteriores, sugerindo que a Lua e a Terra compartilham processos geológicos semelhantes, o que traz implicações fascinantes sobre a história e a evolução desses corpos celestes.


Além disso, o estudo propõe que a Lua passou por uma "reviravolta" em seu manto, uma atividade onde materiais mais densos se movem em direção ao centro enquanto os menos densos sobem para a superfície. Esse movimento interno pode explicar a presença de certos elementos nas regiões vulcânicas da Lua e sugere que o interior lunar é mais dinâmico do que se imaginava.

Outro ponto interessante que a descoberta mostra é o impacto do núcleo sólido na história magnética da Lua. Sabemos que, nos primeiros bilhões de anos do Sistema Solar, a Lua possuía um campo magnético poderoso, semelhante ao da Terra, que começou a enfraquecer há cerca de 3,2 bilhões de anos

Os campos magnéticos são geralmente gerados pelo movimento e convecção dentro do núcleo de um planeta ou lua, e a presença de um núcleo sólido, combinado com uma camada fluida, teria sido crucial para a geração desse campo. No entanto, à medida que o núcleo esfriou, o campo magnético enfraqueceu e eventualmente desapareceu.

Próximas missões

Nave Orion observa a Lua e a Terra durante a missão Artemis I. (Fonte: Nasa/ Divulgação)
Nave Orion observa a Lua e a Terra durante a missão Artemis I. (Fonte: Nasa/ Divulgação)

Essa descoberta é particularmente relevante no contexto das futuras missões à Lua. Com a humanidade planejando um retorno ao nosso satélite, como parte do programa Artemis da NASA, entender melhor a estrutura interna da Lua pode ser essencial para o sucesso dessas missões. 

A confirmação de um núcleo sólido não só melhora nossa compreensão da geologia lunar, mas também pode guiar futuras explorações, ajudando a identificar áreas de interesse para estudos sísmicos mais detalhados.

A investigação do núcleo lunar, que já tinha sido sugerida por pesquisas anteriores, agora ganha novos contornos com a confirmação de Briaud e sua equipe. A densidade do núcleo (7.822 quilos por metro cúbico), muito próxima à do ferro, e a semelhança com o núcleo terrestrereforçam a hipótese de que Lua e Terra compartilham uma história comum, possivelmente moldada por eventos e processos geológicos similares há bilhões de anos.

No fim das contas, a Lua, nosso vizinho celestial mais próximo, ainda tem muito a nos ensinar. Essa descoberta não apenas esclarece dúvidas sobre a composição lunar, mas também abre portas para novas perguntas sobre a formação e evolução de corpos celestes no Sistema Solar. 

Qual é a coisa mais suja em um restaurante?

 Do site: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/qual-e-a-coisa-mais-suja-em-um-restaurante


Quando vamos para um restaurante, a única coisa que conseguimos pensar é com quanta fome estamos. Os aromas hipnotizantes da cozinha vão contaminando a nossa mente e fazendo a boca salivar. Porém, isso certamente serve como uma distração para não pensar em algo muito verdadeiro: você já parou para pensar na quantidade de germes que existem em um restaurante?

De modo geral, esses estabelecimentos possuem várias superfícies que carregam muitas bactérias: maçanetas, bancadas, interruptores de luz e torneiras são apenas um exemplo disso. Contudo, existe um item entre todos que é muito mais sujo do que os outros. Você sabe do que estamos falando?

Encontrando germes

Germes estão espalhados por todas as superfícies de um restaurante, dizem microbiologistas. (Fonte: Getty Images)
Germes estão espalhados por todas as superfícies de um restaurante, dizem microbiologistas. (Fonte: Getty Images)

Em um novo estudo, o microbiologista e autor da obra The Germ Conde, Jason Tetro, buscou mais informações sobre como os germes se espalham pelos restaurantes. Tetro e alguns colegas de trabalho passaram décadas cultivando bactérias extraídas de itens diferentes retirados de um restaurante.


m seu estudo, o pesquisador coletou amostras de germes em cardápios, saleiros e pimenteiros, garrafas de ketchup e pacotes de açúcar — itens que normalmente ficam em cima de uma mesa de restaurante. No fim das contas, a pesquisa descobriu que os cardápios eram de longe o objeto que mais carregava bactérias

Segundo os investigadores, os menus reutilizáveis, especialmente aqueles mantidos em pastas de plástico, são frequentemente limpos com panos sujos e molhados, além de serem armazenados empilhados uns sobre os outros. Isso cria o ambiente perfeito para a proliferação de bactérias. 

Livrando-se das bactérias

Estudo indica que cardápios são, de longe, o item mais sujo de um restaurante. (Fonte: Getty Images)
Estudo indica que cardápios são, de longe, o item mais sujo de um restaurante. (Fonte: Getty Images)

Segundo Tetro, qualquer superfície de alto toque está provavelmente coberta de germes em um restaurante. “Pessoalmente, eu não confiaria na mesa em si ou em qualquer coisa sobre ela porque tudo está sendo limpo com o mesmo pano sujo”, destacou. O estudo mostrou que os pacotes de açúcar foram os menos infectados, sobretudo por serem itens de uso único. 


Mas se você não está planejando ficar longe do seu restaurante favorito só porque a mesa dele está repleta de bactérias, existem algumas medidas que podem te ajudar a ficar um pouco mais protegido. Em primeiro lugar, a melhor opção segue sendo lavar bem as mãos com água e sabão, principalmente antes de comer.

Você também pode levar desinfetante para as mãos ou uma garrafinha com álcool em gel. Há quem diga que os cardápios em QR code possam ser incômodos, mas eles também são uma ótima alternativa para diminuir sua exposição aos germes. 

Porém, a dica mais importante não pode passar desapercebida: faça um esforço consciente para evitar tocar seu rosto. Suas mãos servem como grandes transportadoras de bactérias e seu rosto é a porta de entrada para contaminar seu organismo. Logo, não custa nada ficar uns momentinhos sem coçar os olhos ou roer as unhas, né?

6 benefícios do consumo de café

 Do site: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/6-beneficios-do-consumo-de-cafe


O café é um daqueles alimentos que vive entrando na lista do que você deve evitar. Consumir muita cafeína é certamente ruim para a saúde, mas isso não significa que você deveria parar de tomar seu cafezinho.

Inclusive, há várias pesquisas circulando que indicam que o consumo (moderado) de café traz vários benefícios ao organismo. Dentre eles, estão a melhora na saúde do coração, do cérebro, e até a prevenção contra doenças mentais.

1. Os nutrientes do café

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
Um cafezinho contém uma série de nutrientes valiosos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

De fato, o café é uma bebida bem nutritiva, que oferece boas quantidades de vitaminas B – riboflavina, ácido pantotênico, tiamina e niacina – mas também minerais como potássio, manganês e magnésio.


Outro fator importantíssimo é que ele é rico em antioxidantes – inclusive, possui níveis mais altos do que boa parte das frutas e vegetais.

2. Ele vai deixá-lo desperto

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
O café diário dá aquela força na sua disposição. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

O efeito mais conhecido do café sobre o organismo é a sua capacidade de aumentar os níveis de energia e melhorar o estado de alerta mental, sobretudo quando ingerido pela manhã ou à tarde.

A responsável por isso é a cafeína, um estimulante natural encontrado no café que bloqueia o neurotransmissor inibitório do cérebro adenosina, que promove o sono e suprime a excitação. Ela também pode liberar neurotransmissores como dopamina e norepinefrina, melhorando o humor e a função cognitiva. Mas vale lembrar que esses efeitos podem variar de pessoa a pessoa.


3. Prevenção de doenças cardiovasculares

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
O café está associado à diminuição do risco de doenças cardíacas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Estudos indicam que o consumo moderado de café está associado a um risco reduzido de doenças cardíacas e derrames. Beber uma a duas xícaras de café por dia ajuda a diminuir o risco de insuficiência cardíaca. O café ainda está associado a um menor risco de mortalidade em caso de doenças cardiovasculares. 

4. Benefícios ao fígado

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
Seu cafezinho pode proteger seu fígado de doenças. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

O café pode ajudar a proteger o fígado. Pesquisas mostram que tomar café (tanto o "normal" quanto o descafeinado) leva a níveis mais saudáveis de enzimas hepáticas. Por isso, os amantes da bebida têm um risco significativamente menor de cirrose hepática e câncer de fígado.


5. Uma forcinha na saúde mental

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O café ajuda você a se manter longe da depressão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Também já foi demonstrado que o café também pode ter efeitos positivos na saúde mental. Estudos sugerem que quem bebe café regularmente têm menor risco de depressão. Inclusive, algumas pesquisas chegam a dar uma estimativa de que este risco se reduz em 20%.

Há também um estudo que associa o consumo de café a um risco menor de suicídio. Pessoas que bebem quatro ou mais xícaras por dia teriam 53% menos probabilidade de um dia se suicidarem.


6. O café pode fazer viver mais

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
Quem bebe café vive mais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Talvez por conta de todos os fatores acima, as pesquisas concluem que quem toma café tende a viver mais do que quem não toma. Essa foi a constatação de um grande estudo envolvendo mais de 400 mil pessoas, e que descobriu que o consumo de café por um período de 12 a 13 anos estava ligado a um menor risco de morte. E o mais surpreendente: o efeito era ainda mais alto em quem bebia de quatro a cinco xícaras por dia.

Mas lembre: a chave aqui é a moderação. O consumo excessivo de café pode trazer efeitos colaterais negativos, como nervosismo, ansiedade e distúrbios do sono.