A Nokia apresentou na China o C3, seu novo smartphone de entrada. Como todo aparelho dessa categoria, ele tem especificações bem simples. Por outro lado, o preço é bem baixo: no país asiático, ele sai por 699 yuan, o equivalente a R$ 534.
Talvez os únicos luxos do Nokia C3 sejam a tela HD+ de 5,99 polegadas, o leitor de impressões digitais na parte traseira do aparelho e o Android 10, itens que nem sempre estão presentes nos celulares de entrada. O Nokia 2.3, smartphone que marcou a reestreia da Nokia no Brasil, não tem o leitor de digitais, por exemplo, enquanto até aparelhos mais caros da LG vêm com Android 9 ainda.
Tirando isso, não tem muito segredo. O aparelho ainda tem molduras bastante largas acima e abaixo da tela; por isso, nada de notch, entalhe ou furinho na tela para abrigar a câmera frontal de 5 megapixels. A câmera traseira é única e tem apenas 8 megapixels de resolução. A bateria tem capacidade para 3.040 mAh, é carregada por microUSB (não USB-C) e vem com carregador de apenas 5 W.
O Nokia C3 conta com 3 GB de RAM. O modelo do processador octa-core de 1,6 GHz não foi divulgado, mas acredita-se que seja um Unisoc SC9863. É o mesmo que vimos recentemente no Philco Hit PCS01.
Levando em consideração esses dois aspectos, dá para imaginar que o C3 deve ter um desempenho um pouco melhor que o do 2.3, que é muito limitado. Contar com 1 GB a mais de RAM deve ajudar, e o Philco Hit PCS01 teve desempenho melhor que o Nokia 2.3 em nossos testes, apesar de um processador com clock mais baixo e processo de fabricação de 28 nm, bem mais antiquado em relação a chips mais recentes.
O C3 também tem 32 GB para armazenamento e entrada para cartão microSD de até 128 GB.
Por 699 yuan — o equivalente a US$ 100 ou R$ 534, nas cotações desta terça-feira (4) — não dava para esperar muita coisa além disso. A Nokia ainda não falou nada sobre o lançamento do aparelho em outros mercados além da China. Por aqui, se ele vier, dificilmente será ao preço da conversão direta. Se chegar custando os mesmos R$ 899 do Nokia 2.3, já será uma evolução — mais por demérito do 2.3 do que por mérito próprio.