Até 2014, televisores de tubo estavam presentes em mais da metade dos lares. Novos modelos somam mais de 58 milhões de unidades no país.
Pela primeira vez, as TVs de tela fina passaram a ser maioria nos domicílios brasileiros que possuem algum aparelho televisor. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), elas representam 55,5% do total de aparelhos, contra 44,5% das TVs de tubo, que já não são mais fabricadas.
Os dados são de 2015 e fazem parte do suplemento de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgado nesta quinta-feira (22). A pesquisa apresenta o detalhamento sobre o acesso à internet e à televisão, além da posse de telefone móvel celular no país.
Segundo a pesquisa, a quantidade de TVs de tela fina (cerca de 58,1 milhões) aumentou em 7,6 pontos percentuais em relação a 2014. A quantidade de televisões de tubo foi estimada em 46,5 milhões.
Dentre os 66,1 milhões de domicílios com televisão, 42,5% possuíam apenas o modelo de tela fina, enquanto 37,9% tinham apenas o modelo antigo, de tubo. Já 19,6% tinham os dois modelos de TVs.
Em 69,6% dos domicílios onde havia TV de tela fina, havia apenas um aparelho; em 22,3%, dois aparelhos e em 8,2%, três ou mais.
A área rural apresentou a maior proporção de televisões de tubo (68%), enquanto a área urbana, a maior proporção de televisões de tela fina (58,3%).
Aumenta o número de domicílios com TVSegundo as estimativas da Pnad, em 2015 o Brasil tinha 68 milhões de domicílios particulares permanentes. Destes, 97,1% (66,1 milhões) possuíam aparelho de televisão, o que representou um aumento de 1,5% no número de imóveis com televisores em relação ao ano anterior.
Apesar do número de domicílios com TV ter aumentado, o número total de televisores no país diminuiu 2% no mesmo período, somando um total de 104,6 milhões de aparelhos.
Maior acesso aos sinais de TVEntre 2013, quando a PNAD começou a analisar o acesso à internet e TV no país, e 2015 caiu em 8,8 pontos percentuais o número de domicílios que não tinham recebia nenhum tipo de sinal de TV (por antena parabólica, por assinatura ou digital aberta).
Em 2015, 19,7% dos domicílios não tinha nenhuma das três modalidades de transmissão. Em 2013, a proporção havia sido de 28,5%.
A modalidade de televisão digital aberta teve crescimento expressivo. A proporção passou de 31,2% em 2013 para 45,1% em 2015, representando um aumento de 13,9 pontos percentuais. De 2014 para 2015 o aumento foi de 5,3 p.p. O IBGE destacou que a expansão da TV digital aberta aconteceu tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais.
Já a modalidade de TV por assinatura se manteve estável. A proporção foi de 32,1% tanto em 2014 quanto em 2015. Em contrapartida, a proporção da modalidade de TV parabólica caiu em 0,5 p.p., tendo estado presente em 37,5% dos domicílios – a maior parte localizada em área rural.
“Um dos motivos para estes resultados é que está em andamento o cronograma o desligamento da TV analógica aberta. Então, as pessoas precisam se adequar a essa nova situação”, ponderou a analista do IBGE Helena Oliveira.
A pesquisadora lembrou que com a ampliação do sinal digital da TV aberta, frente ao fim do sinal analógico, pode ter relação direta inclusive com a queda na proporção de TVs com sinal por parabólica. O aumento no número de aparelhos com tela fina pode ter contribuído diretamente também com a ampliação do número de domicílios com sinal digital, já que os novos aparelhos já são fabricados com o conversor integrado.